Por que Não Fabricam Mais Caminhões Bicudos

Por: Dia a Dia no Transporte

Nos últimos anos, observamos uma mudança significativa na fabricação de caminhões, especialmente no que diz respeito ao design das cabines.

A transição de caminhões bicudos para modelos frontais tem sido uma tendência crescente na indústria automotiva, levantando a questão: por que os caminhões bicudos deixaram de ser fabricados? Neste artigo, vamos explorar as razões por trás dessa mudança e como ela está relacionada ao espaço de carga para transporte.

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Limitações de Comprimento e Legislação Brasileira

Uma das razões fundamentais para a mudança na fabricação de caminhões é a legislação brasileira que define limites de comprimento para veículos de carga. De acordo com as regulamentações, o comprimento máximo permitido é medido de ponta a ponta, desde a frente do cavalo mecânico até a parte final da carroceria da carreta.

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Essas restrições incluem:

Veículos urbanos de carga (VUC): até 6,3 metros de comprimento.

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Veículos de 1 módulos (Toco, truck ou bitruck): até 14 metros.

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Articulados (cavalo mecânico mais carreta): até 18,60 metros.

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Biarticulados e triarticulados (bitrem, rodotrem, etc.): até 30 metros de comprimento.

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Essas medidas têm um impacto direto no design dos caminhões e afetam diretamente a capacidade de carga que cada veículo pode transportar.

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O Papel do Espaço de Carga na Mudança de Design

A necessidade de aumentar a capacidade de carga levou as empresas fabricantes de caminhões a optarem por encurtar o tamanho das cabines, abandonando os modelos bicudos em favor dos caminhões frontais. A lógica é simples: quanto mais curta a cabine, maior a carreta que pode ser engatada, e, consequentemente, mais carga o veículo pode transportar.

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Essa mudança de design permite que os caminhões atendam às demandas do mercado por maior eficiência no transporte de carga, ao mesmo tempo em que cumprem as regulamentações de comprimento estabelecidas pelas autoridades.

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Diferenças em Outros Países

É interessante notar que as medições de comprimento máximo de veículos de carga variam de país para país. Nos Estados Unidos, por exemplo, a medição é feita apenas da carreta e não inclui o cavalo mecânico. Isso resulta em cabines de caminhão extremamente longas, que podem parecer até uma casa sobre rodas.

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Essa diferença nas regulamentações entre países pode influenciar as decisões de design das montadoras e explicar por que os caminhões bicudos ainda são vistos em outros mercados, enquanto no Brasil, os modelos frontais dominam a produção.

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Conclusão

A mudança na fabricação de caminhões, abandonando os modelos bicudos em favor dos frontais, está diretamente ligada às necessidades do mercado e às regulamentações governamentais, especialmente no que diz respeito ao espaço de carga para transporte.

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Embora os caminhões bicudos possam evocar nostalgia para alguns, a indústria automotiva está constantemente evoluindo para atender às demandas por maior eficiência e capacidade de carga. Portanto, é improvável que vejamos um retorno significativo dos caminhões bicudos enquanto essas necessidades continuarem a impulsionar a inovação na indústria de transporte de carga.

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